segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A CIDADE-COLAGEM, O DESLOCAMENTO DA LINGUAGEM, DOS MOVIMENTOS DO CORPO E A ESTRUTURA DO SENTIMENTO NO CONTO CONTEMPORÂNEO DE SÉRGIO SANT’ANNA

  1. A CIDADE-COLAGEM, O DESLOCAMENTO DA LINGUAGEM, DOS MOVIMENTOS DO CORPO E A ESTRUTURA DO SENTIMENTO NO CONTO CONTEMPORÂNEO DE SÉRGIO SANT’ANNA

    Prof. Dr. Deneval Siqueira de Azevedo Filho
    UFES

    Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar, sob a ótica de alguns pressupostas pós-modernos, a performance da cidade-colagem e o deslocamento da relação entre realidade e representação, sujeito e (a)história que se percebe em boa parte da narrativa brasileira contemporânea. Para tal, escolhi como corpus os contos “Conto (não conto)”, “Estudo para um conto” e “Um discurso sobre o método”, de Sérgio Sant’Anna. Quero mostrar sobretudo como se dá nesta literatura o deslocamento forte do desejo, da linguagem, dos movimentos do corpo e das utopias, quase sempre, a partir de um sujeito cindido, em crise, diante de uma realidade que se tornou hostil.

    Palavras-chave: Pós-modernidade, Crise da representação, Sujeito cindido, Cidade-colagem, Contos contemporâneos

    O que aparece num nível como o último modismo, promoção publicitária e espetáculo vazio é parte de uma lenta transformação cultural emergente nas sociedades ocidentais, uma mudança de sensibilidade para a qual o termo “pós-moderno” é na verdade, ao menos por agora, totalmente adequado. A natureza e a profundidade dessa transformação são discutíveis, mas transformação ela é. Não quero ser entendido erroneamente como se afirmasse haver uma mudança global de paradigma nas ordens cultural, social e econômica; qualquer alegação dessa natureza seria um exagero. Mas, um importante setor da nossa cultura, há uma notável mutação na sensibilidade, nas práticas e nas formações discursivas que distingue um conjunto pós-moderno de pressupostos, experiências e proposições de um período precedente. (Huyssens, 1984)

    Parecem fúteis os esforços dos anos 60 (movimentos estudantis e de neovanguarda, contracultura, gay lib, pós-stonewall, movimentos feministas, etc.) para desenvolver modelos de planejamento em larga escala, abrangentes e integrados (muitos deles especificados com todo o rigor que a criação de modelos matemáticos computadorizados podia então permitir) para regiões metropolitanas. A vida da urbe contemporânea procura, hoje, estratégias pluralistas e orgânicas para a abordagem do desenvolvimento urbano como uma colagem de espaços e misturas altamente diferenciados, senão híbridos, em vez de perseguir planos grandiosos baseados no zoneamento funcional de atividades diferentes. A “cidade-colagem” é agora o tema, e a “revitalização urbana” substituiu a vivificada “renovação urbana” como a palavra-chave do léxico dos planejadores. Esta observação feita, tendo como corpus a arquitetura, nos conduz, certamente, a uma pergunta extremamente relevante em relação à condição pós-moderna: Quando se sobrepõem os paradoxos pós-modernos? A resposta, pelo exemplo, pode parecer, às vezes, muito clara. Quando a autonomia estética e a auto-reflexividade modernistas enfrentam uma força contrária na forma de uma fundamentação no mundo histórico, social e político.
    Não obstante, podem-se documentar mudanças desse tipo em toda uma gama de campos distintos. A narrativa pós-moderna, o cinema, a partir de Blade-runner, a arquitetura, a sociologia, os estudos culturais, o multiculturalismo, o pós-estruturalismo, alega McHale (1987) caracterizam-se, por exemplo, e, neste caso, mais particularmente a literatura, pela passagem de um dominante “epistemológico” a um “ontológico”. Com isso, ele quer nos dizer que há uma passagem do tipo de perspectivismo que permitia ao modernista uma melhor apreensão do sentido de uma realidade complexa, mas mesmo assim singular à ênfase em questões sobre como realidades radicalmente diferentes podem coexistir, colidir esse interpenetrar. É que no pós-moderno, praticamente, não há aquela dialética de forte oposição, ou seja, uma auto-reflexão que se mantém distinta daquilo que tradicionalmente se aceita como seu oposto – o contexto histórico-político no qual se encaixa.
    Há, sim, uma recusa em resolver as contradições e conseqüentemente uma contestação daquilo que Lyotard (1984 a) chama de narrativas-mestras totalizantes de nossa cultura, aqueles sistemas por cujo intermédio costuma-se unificar e organizar (atenuando) quaisquer contradições a fim de coaduná-las. Em conseqüência, a fronteira entre ficção e ficção científica sofreu uma real dissolução, enquanto as personagens pós-modernas com freqüência parecem confusas acerca do mundo em que estão e de como deveriam agir com relação a ele. A própria redução do problema da perspectiva à autobiografia, testumunhos, memórias, diários parece ser o cerne desta questão: segundo uma personagem de Borges, o sujeito entra num labirinto: “Quem era eu? O eu de hoje estupefato; o de ontem esquecido; o de amanhã, imprevisível? A interrogação diz-nos tudo. A narrativa “Conto (não conto)”, de Sérgio Sant’Anna, vai apontar essa marca de crise do sujeito pós-moderno nas representações, ao nos mostrar um conto “pseudo-absurdo” em suas entranhas, porém emprenhado desses questionamentos todos.
    Terry Eagleton (1996), crítico marxista, teórico da literatura e professor da Universidade de Oxford, ao questionar a pós-modernidade, mostra-nos como a desconfiança na ideologia das narrativas totalizantes e a descrença em projetos idealizadores de transformações universais estão presentes, sobretudo, no pós-modernismo que, segundo ele, é a manifestação cultural referente à pós-modernidade. Para ele, uma obra pós-moderna é “arbitrária, eclética, híbrida, descentralizada, fluida e descontínua, lembrando o pastiche.” (Eagleton, op. cit.: 21-35) Ainda acrescenta que “fiel aos princípios da pós-modernidade, rejeita a profundidade metafísica em favor de uma espécie de superficialidade forjada, jocosidade e falta de afeto, é uma arte de prazeres, superfícies e intensidades fugazes.” (Idem) Para concluir refere-se à pós-modernidade como a responsável pela desconfiança de todas as verdades e certezas estabelecidas e, por isso, a obra pós-moderna é irônica em sua forma, e sua epistemologia relativista e cética.
    Na realidade, o fracasso dos projetos tidos como universais denunciou o perigo das grandes ilusões modernas, já que elas não valorizavam a diferença – tão aclamada na pós-modernidade, mais pontualmente após o pensamento derridiano – e tendenciavam ao totalitarismo. Por tal motivo, a pluralidade cultural vem à tona, as diferenças têm que conviver abrandando e amenizando as adversidades, quando o centro fixo é questionado. A própria definição de contar uma história, de articular a trama, de escolha dos tipos/personagens é desconstruída todo o tempo em “Conto (não conto)”. Não se aceita mais a idéia de redenção das margens, da periferia ao centro, mas propõe-se um diálogo entre ambos: hibridismo plural. Na esfera do conhecimento, passa-se a pensá-lo com parte essencial dos contextos culturais, hoje, altamente mutável, diversificado, híbrido e mestiço. Tal como a linguagem, matéria prima da narrativa de Sant’Anna. A literatura, para Sérgio Sant’Anna, é intrigante cosa mentale, essencialmente neste conto em questão. Ele é dessa linhagem de criadores que são tanto mais inventivos quanto mais saturados de informações é o universo que tratam. E não estou aqui falando de metaliteratura. Isso já é uma bobagem, em se tratando que o texto literário brasileiro contemporâneo se coloca como indicador ( e estou me referindo de toda a ficção dos anos 60, 70, 80, 90 e...) das crises e conflitos de sujeitos sociais cindidos, recém-saídos de um regime totalitarista, fragmentados, sem raízes (flutuantes, pois!), à deriva, muitas vezes anêmicos e expostos à violência, seja esta da linguagem que lhe impõe uma outra postura diante do mundo, pela perfomance, seja da violência de uma vida cotidiana burocrática e impessoal, que parece ir muito além de qualquer entendimento ou controle humanos. Estão aí as narrativas cyborgianas, como exemplo. O homem-robô, a prótese do celular, dentadura da moda, agem alheios, distanciados dos problemas da urbe, apesar de nela habitarem. O homem, o sujeito que a carrega, pode ser visto em Sérgio como o homem, a carroça e suas meditações/simulações sobre o cavalo. Ele carrega, mas sem se dar conta da dependência ontológica de seus brinquedinhos-próteses. Distanciado do mundo urbano, portanto, que não reconhecem como seu, mas como algo separado, estranho e hostil, o sujeito de que tratamos vive um mal-estar na metrópole moderna e contemporânea. É recorrente a reação ao mundo urbano com violência (vide a literatura de Rubem Fonseca – uma estética da violência, performance dessa vida), ruptura de raízes, alienação, impessoalidade, empobrecimento da experiência e dos vínculos culturais, afetivos, daí derivando a imagem da metrópole enquanto cidade-colagem, como um mundo desencantado. Sant’Anna nos apresenta, por conseguinte, uma narrativa que se impõe enquanto saída para esta saturação de efeitos (de que trata Eagleton). Em “Estudo para um conto”, a saturação do universo do “Acadêmico Dancing”, das luzes e da recorrência da vírgula de “neón” que perpassa toda a narrativa , a ambiência cultural feita de “Haverás” é muito inventiva, como inventivos são os universos de Philip Glass, Bob Wilson, João Gilberto, Gerald Thomas, John Cage, só para citar alguns que usam da saturação de informações para criar uma performance.
    Se o projeto modernista propunha racionalmente uma ruptura com o passado e idealizava profundas alterações para o seu presente – as utopias – e visava ao alcance de verdades universalizantes, em contrapartida, o pós-moderno lança a desconfiança sobre essas verdades, gerando, conseqüentemente, o ceticismo e a ironia. Aquela racionalidade dos modernos cede espaço para a ausência de ordem estabelecida, o que resulta, ainda, em arbitrariedade, descentralização e descontinuidade. Logo, se o pós-modernismo reflete, de certo modo, a maneira pós-moderna de ver o mundo, temos uma produção artística de desconfiança dessas verdades, desconfiança esta que acaba por evidenciar o ceticismo e a ironia apresentados por Eagleton. É exatamente por este caminho que Sant’Anna nos rasga a fantasia e põe em cena sua literatura de homens, cobras, cavalos, uma espécie de natureza morta que quer vida. Quem lha dará?
    Em seu romance Senhorita Simpson (1993), por exemplo, essa miniaturização da representação e da realidade literária como um processo histórico de performance estética corta o fôlego. Num curso noturno de Inglês em Copacabana, freqüentado por executivos do Banco Central, investidores, sujeitos do pregão, futebolistas com um pé sonhador num clube do exterior, a cândida família Jones do livro didático salta para fora das páginas, confundindo-se com as atribulações e existência dos alunos (nas obras de Sérgio Sant’Anna, as criaturas – de papel ou não – estão sempre mudando de lado). À frente, rege uma bostoniana senhorita Simpson, a professora de inglês, que parece saída de um romance de Henry James ou Edith Wharton. É a quebra completa dos padrões de “rigidez e estratificação social”. A emblemática senhorita Simpson é consumida amplamente no interior daquela fábula anglo-americana-carioca. Neste romance, pode-se argumentar que há um estranhamento/estranheza (como também há nos contos em questão), criado pela divisão social do trabalho, pelo sistema produtor de mercadoria e pelo próprio fetiche da mercadoria, que continua uma referência crítica atual, agora que se tem um sistema global mundializado de produção, circulação e consumo de mercadorias, de coisas conversando com outras coisas, num máximo de expansão e abstração do próprio capitalismo. Esta condição pós-moderna que se pode perceber, com alguma atenção, justamente na vida cotidiana, pelas enganações, simulações e simulacros, relacionando os sinais que aí circulam, tantos e tão variados, que podem sugerir o caos, a confusão, um grau avançado de ilegibilidade [“Conto (não conto)”]. O que é, mas, ao mesmo tempo, não é correto. Ambiguamente, trata-se de avançar dessa opacidade, desse apenas aparente caos, construindo uma literatura que passa pelas aparências, pelas superfícies da vida social cotidiana, relacionando os sinais da cidade e a forma literária em outro nível de elaboração. No segundo conto, “Estudo para um conto”, “haverá uma mulher deitada”; “Haverá também um plano inferior nesse quadro, nessa mulher”, mulher-quadro, mulher-cena. “Ela ri, gosta de ser objeto desse tipo de desejo e antes simulava orgasmos.” Seguindo Freud (1996), um outro sentido de estranhamento/estranheza que, conforme o contexto, pode significar alienação, distanciamento, alheamento, e mesmo desrealização faz da personagem do conto um sujeito sempre e desde logo social, embora também sempre dividido e com impulsos agressivos, ligada a uma experiência urbana muito complexa e contraditória.
    Trata-se da maneira muito marcada, de personagem cindida (observe-se a cicatriz), com tons variados de estranhamento, em relação a si mesma e à sociedade urbana em que está, por onde circula autofagicamente à sua sombra e semelhança, alheia a seu próprio mundo cotidiano. Com gradações, é certo, indo da negação extrema (corpo invisível), que confina com a psicose, com a ruptura dos vínculos com a realidade (“... a mulher permanece assim, com sua cicatriz, suas ligas nas coxas brancas recebendo as cores do luminoso, desarmada.”) passando por graus diversos de neurose. Afastados de si mesmos e do mundo, tantas vezes não suportando as pressões e frustrações a que são submetidos, são sujeitos urbanos de papel, afastados e desligados de si mesmos, mas que dizem a que vêm.
    Isso posto, vê-se na literatura de Sérgio Sant’Anna um cotidiano configurado, ao mesmo tempo prático e simbólico, real e imaginário, próximo e distante, que mistura elementos de longa duração histórica (“Acadêmico, Dancing” – tradição!) e da contemporaneidade (“passos, passos, passos”) que tem tessitura e que, sobretudo, não pode ser direta, pois que simulada, nem transparente, visível totalmente, posto que “Haverá...” em suas articulações estéticas mais elaboradas.
    Por outro lado, voltando à condição pós-moderna, há, neste conto, uma verdadeira estrutura do sentimento pós-moderno, apesar de considerar perigoso descrever relações complexas como polarizações simples. Porém, na medida em que a narrativa não se legitima pela referência ao passado, ela enfatiza o profundo caos da vida contemporânea e a impossibilidade de lidar com ele, com o pensamento racional da forma como enfatizou Nietzsche.
    Em “Um discurso sobre o método”, a personagem é posta no centro pelo aglomerado de pessoas que julgam estar diante de um suicida no 18º. andar de um edifício, uma situação espetacular, muito bem-vinda a uma sociedade do espetáculo, aquela que adora tragédias, show, barraco, prisão, o que caracteriza, de certa forma, o que Márcia Denser chama de “apagamento da fronteira entre a alta cultura e a cultura de massa”. Quando a personagem anônima vai fumar uma baguinha de cigarro aproxima-se da beira da marquise e aí começa a se questionar, deixando o narrador, via discurso indireto livre, pastichar várias teorias, lançando sobre ele questionamentos múltiplos: “Que mundo é este?”, “O que se deve fazer nele”, “Qual dos meus eus deve fazê-lo?”. Indagações que se tornam ainda mais pungentes pelo fato de que o protagonista é um sujeito pós-moderno, carente de identidades fixas. Inumanamente, ao ser questionada pela boca do narrador, vai se transformando num “tipo” marcado por opostos, pela falta de dinheiro, projetando-se em mendigos, passivamente. Até que o corpo de bombeiros e a polícia são chamados e ele é conduzido a um manicômio, onde começa a sonhar em dar voz ao seu duplo: “uma personagem confusa e distraída que vagueia por esse mundo em seus pensamentos sem um claro sentido de localização – em que mundo estou e qual das minhas personalidades exibo?”. Frustra, assim, a platéia ansiosa pelo pulo: “Pula, pula!”.
    Ora, ao elencar tantas teorias e não encerrar em nenhuma a questão do protagonista, a narrativa ganha um “ar de descrença, ceticismo e desconfiança”. Unidos ao desejo de desconstrução, a literatura pós-moderna de Sérgio Sant’Anna é ímpar e incomparável, mais ainda, de várias funções, sobretudo pela forma com que simula, propõe, sugere e desconstrói o que ela mesma (re)cria.
    Para concluir, a atomização do social em redes flexíveis de jogos de linguagem em Sérgio Sant’Anna pode recorrer a um conjunto bem distinto de códigos, dependendo da situação simulada: sob essa condição, a linguagem ainda deve ser vista como uma cidade antiga: um labirinto de ruelas e pracinhas, de velhas e novas casas, e de casas com acréscimos de diferentes períodos; e tudo isso cercado por uma multiplicidade que nos dá a estrutura do sentimento. O que já foi versão da vida premiada moderna dinamitou-se, tornou-se inviável, como inviável tornaram-se as utopias. Estão dinamitadas.
    Contudo, ainda “Haverá música, vinda do Acadêmico Dancing. A Orquestra é boa!” Destacam-se os instrumentos de sopro. Polimorfos. Afinal, no conto em questão, não há retorno nostálgico. O passado, suas formas estéticas e suas formações sociais são problematizados pela simulação crítica. Esse irônico repensar pós-moderno sobre a não-identidade ou duplas identidades, sobre o não-lugar, sobre o não-real, em “Um discurso sobre o método”, é deliberadamente contraditório. Por isso, todos os textos lidam com a necessidade que temos de nos livrar das ilusões das explicações e dos sistemas totalizantes da ética. O que temos, então? Nada mais que a linguagem interna do contador de histórias, do simulador de vôos, presença do passado ou antecipação de um futuro. Completamente avesso à chamada literatura de fundação, à narrativa crédula do esquema nacional-popular, Sérgio Sant’Anna segue por aqui: “conhecedor de todas as trucagens da criação e do texto lierário” (Azevedo Filho, 2003), pastichador finíssimo, ele é desses criadores que se movem naquele espaço mínimo, naquela equação artística invisível, capaz de, como escritor de suspeição, avançar apontando as máscaras que há nos rostos. Faz da literatura uma alta literatura.


    Referências
    AZEVEDO FILHO, Deneval Siqueira de. “O mundo desencantado da condição pós-moderna”. In: Multiteorias. Vitória: PPGL/MEL, 2003.
    EAGLETON, T. As ilusões do pós-modernismo. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1996
    FREUD, S. Letters. New York: New York Press, 1996.
    HUYSSENS, A. “Mapping the post-modern”. New German Critique. , n. 35, p. 5-32, 1984.
    LYOTARD, J. The postmodern Condition. London. [s. Ed.], 1984.
    McHALE, B. Postmodernist Fiction. London: [s. Ed.], 1987.
    SANT’ANNA, Sérgio. Senhorita Simpson & Contos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

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